Investigado
pela PF (Polícia Federal) no esquema de superfaturamento de kits de robótica,
Denilson de Araújo Silva, 51, também aparece como dono de outra empresa, a Star
Medicamentos e Material Hospitalar Eireli, ou Star Med. A companhia faturou R$
8,5 milhões em contratos emergenciais da pandemia com prefeituras de Pernambuco
entre 2020 e 2022, segundo as investigações. A Star Med consta do cadastro da
Receita Federal como ativa e com capital de R$ 150 mil. Denilson Silva está
registrado como único sócio. Só que o patrimônio dele não combina com o que
seria o de um empresário com milhões de reais em contratos com entes públicos. Ele
mora numa casa humilde na periferia de Maceió e dirige um Focus 2007, que nem
no seu nome está. O que tem no nome dele é um Gol 1.0 2010. Segundo o relatório
da PF sobre as investigações, ao qual o UOL teve acesso, o fato de Denilson
"residir num endereço modesto" indica que, em vez de empresário, ele
seria laranja do esquema. Policiais foram ao endereço dele no ano passado e
confirmaram que ele mora lá com a esposa. E ela disse que, na verdade, ele
trabalha como mecânico, reforçando os indícios de que ele seria o testa de ferro
dos operadores das compras públicas superfaturadas.
(UOL)
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