05 maio 2023

Goiás: Enfermeiras usadas em fraude de vacinas por Mauro Cid estão afastadas

A imunização contra a covid transformou Edynez Farias Costa em figura respeitada em Cabeceiras (GO). Mas, ontem, a "vacinadora oficial" da cidade" não foi trabalhar. Estava abalada após seu nome ir parar num inquérito da Polícia Federal sobre fraudes em cartões de vacinação. O esquema envolveria um tenente-coronel e chegaria ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Desde terça, só se fala da investigação na cidade de estimados 8.000 habitantes, cercada por plantações de milho e soja e distante mais de 300 km da capital Goiânia. Mas Edynez não foi a única enfermeira usada no suposto esquema revelado pela PF. Dzirrê de Almeida Gonçalves também teve seu nome anotado em um cartão de vacinação. Ser incluída num inquérito da PF a fez se afastar do trabalho desde terça passada. A operação da PF ainda manchou a reputação de Farley Alcântara. O médico, que havia deixado saudades ao sair de Cabeceiras, teria usado o nome das duas enfermeiras para falsificar cartões de vacinação, conforme a investigação. Uma decepção para quem o conhecia na cidade. Edynez acabou de ter filho e já andava bastante preocupada com a maternidade. A operação da PF foi um complicador. Ela acabou não indo trabalhar por motivos psicológicos. Com a mãe amamentando envolvida na investigação, os colegas de posto de saúde se comoverem ainda mais. Edynez trabalha com status de credenciamento, como a prefeitura chama os funcionários temporários. Foi contratada durante a pandemia e recebeu treinamento para reforçar a equipe de enfrentamento à covid-19.

(UOL)


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