01 março 2023

Coisa de miliciano: Corregedor relata pressão para poupar suspeito de investigar desafetos de Bolsonaro

O corregedor da Receita Federal, João José Tafner, afirmou ter sofrido pressão para poupar um funcionário do órgão suspeito de, em meados de 2019, quebrar irregularmente os sigilos fiscais de desafetos da família Bolsonaro. A pressão, segundo Tafner, veio de dois ex-funcionários da Receita que ocupavam cargos da cúpula do órgão durante a gestão do ex-presidente. A informação foi divulgada pelo jornal "Folha de S.Paulo" nesta quarta-feira (1º) e confirmada por fontes que acompanham a investigação. Tafner é um aliado do clã do ex-presidente – chegou a fazer campanha para o ex-presidente – e foi colocado no cargo por Flávio Bolsonaro. Flávio é, justamente, um dos interessados nas quebras de sigilo irregulares, já que um dos alvos foi Eduardo Gussem, ex-procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro e responsável pelas investigações contra o filho do presidente por suspeita de rachadinha (desvio de verba de funcionários) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). As quebras de sigilo, que também foram reveladas pela "Folha de S.Paulo", foram realizadas em 2019 pelo então chefe de inteligência da Receita, Ricardo Feitosa, e atingiram, além de Gussem, o empresário Paulo Marinho, um ex-aliado de Bolsonaro, e Gustavo Bebianno, ex-ministro do governo do ex-presidente.


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