15 agosto 2022

Eleições livres e limpas: 'Não devia ser permitido se candidatar se você ataca as regras eleitorais'

A menos de 50 dias do primeiro turno das eleições, o Brasil vive um momento de turbulência institucional, inclusive com o questionamento das autoridades eleitorais. O cenário, que na semana passada contou com a leitura da carta em defesa do Estado Democrático de Direito, em São Paulo, expõe fragilidades comunicativas e traz à tona o papel democrático da transparência pública, do acesso à informação e da abertura à participação propiciado pelas instituições do país. Alvo da desconfiança e de ataques constantes do candidato à reeleição ao Planalto, Jair Bolsonaro (PL), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é colocado em xeque às vésperas de exercer o momento crucial de seu papel institucional: operar a votação e a apuração do resultado das urnas. Para a doutora em direito pela UFMG e profissional da área de direito regulatório e relações governamentais, Caroline Maciel, parte do sucesso no ataque às instituições se dá pela fragilidade das mesmas. Com uma comunicação débil com a população, é mais difícil assumir uma posição de credibilidade diante da desconfiança. "Quando as pessoas não entendem algo, elas duvidam, questionam ou não acreditam. O primeiro trabalho que precisa ser feito é tornar o acesso à informação inclusivo. Estamos falando também de trabalhar com plataformas privadas como o WhatsApp, Telegram e outras redes, para propagar o máximo de informações e evitar que os ataques sejam feitos em um contexto de pouca transparência. Falar sobre a segurança das urnas, por exemplo, com uma linguagem clara, acessível, deixando claro o funcionamento das eleições e mostrando como é limpo", explica.


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