08 maio 2022

Tá osso: Inflação faz xepa não ser mais vantagem para clientes e feirantes

A xepa não é mais a mesma. Ir à feira bem tarde, quase na hora em que as barracas estão fechando, para aproveitar os descontos sobre os produtos que não foram vendidos durante toda a manhã, não é mais uma estratégia que vale a pena. Essa é a opinião de feirantes e clientes de uma feira livre de São Paulo, que acontece todas as quintas-feiras na região central da cidade, perto da rua Frei Caneca, no bairro Bela Vista.    Para a maioria das pessoas ouvidas pela reportagem do R7, o pequeno desconto não compensa a qualidade inferior dos legumes, verduras e frutas reservados para a venda no fim da feira. "Isso acontece porque as mercadorias estão com os preços muito altos, principalmente o tomate, o pimentão, a berinjela e a cenoura. A caixa da cenoura estava R$ 140! Como o cliente poderia encontrar o pacote por R$ 1? Não tem como!", analisa Adriano Mariano, que é feirante há 20 anos. O feirante conta ter observado uma diminuição do movimento na hora da xepa em todas as feiras de que participa, mas a maior queda foi aos sábados, dia em que vende seus produtos no bairro AE Carvalho (zona leste da capital). "É uma região de classe média baixa, onde as pessoas têm menos condições financeiras. O tomate, por exemplo, mesmo na xepa, não dá para ser vendido por menos de R$ 12 [o quilo], porque a caixa custa mais de R$ 200", explica.


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