08 novembro 2021

Sem filiação: Bolsonaro encara campo minado no centrão para escolha de novo partido

Sem filiação partidária há dois anos, quando deixou o PSL, o presidente Jair Bolsonaro terá que superar uma série de entraves e campos minados para se filiar ao PP, ao PL ou ao Republicanos. Bolsonaro negocia com os três maiores partidos do centrão e tem até março para definir a legenda na qual concorrerá à reeleição. Mas quer uma definição ainda neste ano, ganhando tempo para organizar a sua base de apoiadores. Depois de negociar com PP e PL, o presidente incluiu nesta semana o Republicanos no rol de possíveis destinos quando afirmou na Itália que iria decidir entre "três namoradas". Nesta sexta (5), voltou a citar a trinca do centrão. "Eu estou na iminência de decidir. Tem três partidos me namorando. Por enquanto, sou bonito. Não sei amanhã. Mas tenho que negociar para os outros dois não darem pancada em mim", afirmou o presidente no Paraná, sinalizando um caminho de obstáculos, barganhas e muita negociação até a decisão. Um dos entraves é a oposição de diretórios estaduais alinhados a outros presidenciáveis, como o ex-presidente Lula (PT), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e os tucanos João Doria e Eduardo Leite. Também há resistência em acolher nomes ligados ao bolsonarismo hoje dispersos em outros partidos. A oposição acontece sobretudo em estados menores, onde nomes ligados a Bolsonaro entrariam em competição direta com caciques locais na disputa pela Câmara dos Deputados.


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