19 novembro 2021

Após decisão do STF: Lira coloca em dúvida transparência de emendas do passado

Após o Supremo Tribunal Federal (STF) suspender a execução das emendas de relator e determinar ao governo e ao Congresso Nacional a transparência dessas indicações, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), colocou em dúvida a viabilidade de expor as informações relativas a recursos aprovados nos dois últimos anos. Esse tipo de verba está no centro do orçamento secreto, esquema investigado pelo STF e pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Em entrevista coletiva, Lira falou em "cumprir a decisão na medida da exequididade". A decisão do STF obriga a divulgação das informações que levaram à aprovação dessas emendas em 2020 e 2021. Além disso, após a determinação, a cúpula do Congresso prometeu editar um projeto de resolução para alterar o procedimento de indicação das emendas de relator (RP9) a partir do Orçamento do próximo ano. Ao falar sobre o impasse, o presidente da Câmara usou uma mudança tributária como exemplo. "A gente está discutindo no intuito de cumprir-se a decisão na medida da sua exequidade. A gente não pode é, por exemplo, se uma empresa que tem um sistema de um Simples, declara o Imposto de Renda de um jeito, você fazer uma lei agora e pedir para ela retroagir", disse o deputado. A decisão do STF, no entanto, vai no sentido de exigir a transparência do processo orçamentário, conforme previsto pela Constituição


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