12 outubro 2021

Queda de braço: Vaga no STF provoca guerra aberta na base do governo

A demora da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado em sabatinar o ex-advogado-geral da União e pastor presbiteriano André Mendonça — indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) — provoca um cabo de guerra entre setores de sustentação do governo: evangélicos e Centrão. Ontem, o pastor Silas Malafaia, aliado próximo do presidente, partiu para cima dos ministros Ciro Nogueira, da Casa Civil; Flávia Arruda, da Secretaria de Governo; e Fábio Faria, das Comunicações. O líder evangélico divulgou vídeo nas redes sociais no qual cobrou o trio a fazer a defesa veemente de Mendonça ao Supremo. “É inacreditável que ministros de Bolsonaro, cujos gabinetes ficam no palácio do governo e são ministros políticos, são contra a indicação de André Mendonça para o STF”, reprovou, em tom agressivo. “Vou repetir aqui. Os ministros Ciro Nogueira, Fábio Faria e Flávia Arruda, que são políticos e ministros do palácio, são obrigados a defender a indicação do presidente Bolsonaro e a trabalhar em favor de Mendonça. Não querem? Saiam daí. Não podem estar aí”, disparou. As declarações de Malafaia ocorreram um dia depois de reportagem do jornal Folha de S. Paulo apontar que políticos do Centrão — grupo do qual fazem parte Ciro, Flávia e Fábio — articularam, durante um jantar, para que a indicação de Mendonça ao STF seja retirada e substituída pela do presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Alexandre Cordeiro, apadrinhado pelo ministro da Casa Civil.


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