O Ministério Público Federal (MPF)
decidiu enviar para a área criminal parte de uma investigação envolvendo a
compra da vacina indiana Covaxin pelo governo de Jair Bolsonaro. A procuradora
da República Luciana Loureiro Oliveira, do Distrito Federal, viu indícios de
crime na contratação e apontou "interesses divorciados do interesse
público". Como revelou o Estadão,
o preço pago pelo produto, de US$ 15 por dose, foi 1.000% mais alto do que o
estimado pela própria fabricante seis meses antes da compra. O contrato de
compra de 20 milhões de doses da Covaxin por R$ 1,6 bilhão já era alvo de um
inquérito civil no MPF. Diante das suspeitas de que pode ter ocorrido crime,
Oliveira solicitou que o caso seja enviado ao 11º Ofício de Combate ao Crime e
à Improbidade Administrativa. Como revelou o Estadão nesta
terça, 22, telegrama sigiloso da embaixada brasileira em Nova Délhi de agosto
do ano passado, ao qual o Estadão teve acesso, informava que o imunizante
produzido pela Bharat Biotech tinha o preço estimado em 100 rúpias (US$ 1,34 a
dose). Em dezembro, outro comunicado diplomático dizia que o produto fabricado
na Índia "custaria menos do que uma garrafa de água". Em fevereiro
deste ano, o Ministério da Saúde pagou US$ 15 por unidade (R$ 80,70, na cotação
da época) - a mais cara das seis vacinas compradas até agora.
23 junho 2021
Reginaldo Monteiro

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