05 março 2021

"Por que essa frescura de fechar o comércio?": Bolsonaro alterna falas radicais e sobre vacina

Os recordes de mortes, a falta de leitos e a pressão de governadores geraram nesta semana novos desgastes para o presidente Jair Bolsonaro. Nos últimos dias, ele vem tentando se equilibrar entre discursos contra o isolamento social e, ao mesmo tempo, o aval para a compra de um novo lote de imunizantes contra a Covid-19. Ao mesmo tempo que liberou a sinalização do Ministério de que vai fechar contrato com as farmacêuticas Pfizer e Janssen, o chefe do Executivo potencializou sua retórica radical como aceno à base ideológica, o eleitorado mais fiel e do qual não pode prescindir na eleição de 2022. A Pfizer tentava vender vacinas à União havia sete meses, mas a manifestação favorável só aconteceu na quarta-feira (3), depois que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), demonstrou interesse em adquiri-las. Reação semelhante aconteceu em dezembro, quando o governo indicou que poderia fechar com a Pfizer para não ver Doria sair na frente na campanha de imunização.


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