15 março 2021

Lava Jato: QG da força-tarefa de Curitiba tem clima de terra arrasada

No quartel-general esvaziado da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o clima é de terra arrasada. O efeito da decisão que anulou os processos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas 179 ações penais abertas em sete anos de operação ainda é calculado. Na semana passada, além de o ministro do Supremo Tribunal Edson Fachin - relator da Lava Jato na Corte - ter anulado as condenações do petista e retirado as ações da 13.ª Vara Federal de Curitiba, teve início na Segunda Turma o julgamento do pedido de suspeição do ex-juiz Sérgio Moro feito pela defesa do ex-presidente. O revés sem precedentes é considerado por integrantes e ex-integrantes da força-tarefa o ápice de uma escalada de derrotas sofridas nos últimos três anos, no Congresso, no Judiciário e no Executivo. Uma "contraofensiva" chegou a ser promovida a partir de 2018, com a prisão de Lula e os inquéritos da megadelação da Odebrecht, mas episódios como a ida de Moro para o governo Jair Bolsonaro e a divulgação de mensagens atribuídas ao então juiz e a procuradores que mostram a troca indevida de informações desgastaram a imagem da operação.


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