31 março 2021

Covid-19: Governo paga influenciadores para defender atendimento precoce

Mais de R$ 1,3 milhão dos cofres do governo federal foram utilizados para pagar ações de marketing com influenciadores sobre a covid-19. O valor foi investido pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Comunicação (Secom) e inclui R$ 85,9 mil destinados ao cachê de 19 "famosos" contratados para divulgar estas campanhas em suas redes sociais. Em janeiro deste ano, a Secom contratou quatro influenciadores, que receberam um montante de R$ 23 mil para falar sobre "atendimento precoce". A verba saiu de um investimento total de R$ 19,9 milhões da campanha publicitária denominada "Cuidados Precoces COVID-19". A ex-BBB Flávia Viana recebeu, sozinha, R$ 11,5 mil, segundo os documentos obtidos. No roteiro da ação, obtido pela Agência Pública através de um pedido via Lei de Acesso à Informação (LAI), a Secom orientava a ex-BBB Viana e os influenciadores João Zoli (747 mil seguidores), Jéssika Taynara (309 mil seguidores) e Pam Puertas (151 mil seguidores) a fazer um post no feed e seis stories —todos no Instagram— dizendo para os seguidores que, caso sentissem sintomas da covid, era "importante que você procure imediatamente um médico e solicite um atendimento precoce".


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