Ministros do grupo que votou contra a mudança de interpretação da
Constituição, contra a reeleição de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, recusam a
acusação de quebra de confiança e negam que tenham fechado algum tipo de acordo
para votar no sentido oposto, aquele proposto pelo relator do caso, Gilmar
Mendes. O episódio desta semana acabou por colocar do mesmo lado ministros que
até poucos meses bateram boca, Luiz Fux e Marco Aurélio. Há tempos, o clima na
colenda corte de Justiça não vai bem. Eles continuam sem conversar direito.
Mas, ao menos neste assunto, optaram por uma leitura da Constituição ao pé da
letra, também livres dos julgamentos da opinião pública - que aparentemente
teria se colocado como a maior defensora da carta magna, fazendo as vezes de
quem deveria ser o guardião. "Não faço parte do clube do Bolinha. Não
gosto de conversar sobre conflito, que não foi solucionado", afirmou Marco
Aurélio à coluna. O ministro é conhecido por fazer tudo do jeito dele e não
combinar nada, nem mesmo naquilo que poderia pacificar o tribunal. Fux tem
afirmado a interlocutores que ninguém assinou contrato, nem carta promissória
com ele. De uma coisa, ninguém tem dúvidas, Fux agiu como agiu para mostrar
quem é o presidente do tribunal. Reflexo ainda da invejada articulação que
alçou Nunes Marques ao cargo de ministro, da qual Fux não participou, sob as
bênçãos de Gilmar Mendes e Dias Toffoli, ambos ex-presidentes do tribunal.
08 dezembro 2020
Reginaldo Monteiro

Administrador do Blog

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