29 setembro 2020

NOVA CPMF: Impasse atrasa 2ª fase da reforma tributária do governo

A criação de um novo imposto sobre pagamentos nos moldes da antiga CPMF não recebeu o apoio necessário da base parlamentar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Com isso, foi adiada mais uma vez a entrega da segunda fase da proposta de reforma tributária do governo. O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), agora diz que o Executivo só deve apresentar o texto caso haja 340 votos favoráveis. "Não houve ainda um acordo com os senhores líderes sobre um texto possível e continuaremos trabalhado para que ela [reforma] possa avançar", disse. O ministro Paulo Guedes (Economia) insiste na proposta como forma de desonerar empresas ao pagarem salários, principalmente devido à situação do que chama de 40 milhões de invisíveis identificados durante a pandemia. "Vamos ter que pensar em carteira verde e amarela, em desoneração da folha", afirmou Guedes. "São vários capítulos [na reforma tributária]. Um desses capítulos é a desoneração da folha", disse Guedes. A proposta de desenhada pelo ministro demanda a criação do tributo, mas ele defende que apenas para substituir os encargos trabalhistas. "Não vamos aumentar impostos, estamos substituindo", defendeu. Guedes disse que o restante da reforma está praticamente pronto, mas que agora o avanço depende do alinhamento com a política. "Estamos ultimando a reforma tributária. Temos nossa proposta praticamente pronta e agora é a política que dá o timing", afirmou.


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