Celebrar o 7 de setembro e pensar o processo emancipatório nacional nos faz voltar aos dias da independência. Foi um processo muito singular. A nossa independência foi proclamada pelo príncipe herdeiro da coroa portuguesa. O Brasil indenizou Portugal pela perda da sua colônia.
Nas palavras do historiador Boris Fausto na
sua História do Brasil: “Isto ocorreu em 1825 por um tratado em que o Brasil
concordou em compensar a metrópole em dois milhões de libras pela perda da
antiga colônia (...) a necessidade de indenizar a coroa portuguesa deu origem
ao primeiro empréstimo contraído pelo Brasil em Londres”. Saímos do domínio
político de Portugal e caímos nos braços econômicos da então superpoderosa
Inglaterra.
A
plena independência de um país se faz em dois níveis: em relação aos demais
países, no exercício efetivo da soberania nacional; e em relação ao seu próprio
povo, garantindo-lhe dignas condições de vida para que possa exercer a
soberania popular, prevista na nossa Constituição.
Tivemos
então ao longo do século XIX a forte presença econômica para não dizer domínio
da Inglaterra. Tivemos alguns entreveros e chegamos a romper relações que não
chegaram a quebrar a hegemonia inglesa que se fazia dominante mundo afora.
No próximo ano, 2022, estaremos celebrando os 200 anos do Grito do Ipiranga. Há um século, em 1922, a independência foi bem celebrada no seu primeiro centenário. Tivemos vários movimentos e iniciativas históricos. Vamos pensar e trabalhar para que as comemorações do bicentenário da nossa independência nos façam avançar no desejado encontro do Brasil consigo mesmo.
(Trechos extraídos de Patrus
Ananias)
0 comments:
Postar um comentário