O ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto
Heleno, enviou nota ao jornalismo da Globo com críticas à reportagem exibida no
Jornal Nacional sobre as trocas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro em sua
segurança a cargo do GSI. A reportagem pôs em xeque a versão de
Bolsonaro sobre sua fala na reunião ministerial de 22 de abril. Bolsonaro alega
que sua atitude foi para dizer que tentou fazer substituições na segurança do
Rio e não conseguiu. A reportagem mostrou que o presidente não só trocou o
diretor do Departamento de Segurança Presidencial, como promoveu o então
titular ao comando da 8ª Brigada de Infantaria. Colocou no lugar dele o até
então número dois. E também substituiu o chefe do escritório do GSI no Rio. Tudo
isso poucos dias antes da reunião ministerial. Em resposta, a Globo divulgou a seguinte
nota: “A nota do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto
Heleno, confirma integralmente o que o Jornal Nacional publicou. Que o antigo
titular da direção de Segurança Pessoal da Presidência, o então coronel Sá
Corrêa, foi promovido a general de brigada por escolha do presidente Bolsonaro.
E que o substituto escolhido foi o número dois do departamento. Em nenhum
momento o Jornal Nacional questionou os méritos do general Sá Corrêa. Quis
apenas mostrar que a versão do presidente sobre o que disse na reunião
ministerial de 22 de abril não encontra respaldo na realidade. O presidente
reiteradas vezes afirmou que se referia à segurança dele, de sua família e de
seus amigos, quando disse que tentou fazer mudanças na segurança do Rio e não
conseguiu. Como mostrou o Jornal Nacional, o presidente não teve dificuldades
em fazer trocas no departamento responsável por sua segurança. Promoveu o
titular, substituiu-o pelo seu adjunto e também trocou a chefia do escritório
no Rio. Sem dificuldades. Por fim, é de se destacar que a frase do presidente
Jair Bolsonaro na reunião ministerial de 22 abril ganha agora mais uma versão.
Segundo o ministro Augusto Heleno, o presidente, ao mencionar a segurança no
Rio, quis dar apenas um exemplo sobre o que faria caso quisesse realizar uma
troca no setor e encontrasse oposição. Poderia chegar até a demitir o ministro
para ver a sua decisão cumprida, não tendo o presidente se referido a nenhum
caso real que houvesse ocorrido. Registre-se também que o ministro Augusto
Heleno não esclareceu por que motivo o presidente se viu compelido a dar esse
exemplo.”
17 maio 2020
Reginaldo Monteiro

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