O presidente Jair
Bolsonaro (sem partido) enquadrou nos últimos dias ministros que resistiam em
ceder cargos de suas pastas a partidos do centrão, deixando claro que quem se
opuser pode ser demitido do governo. A informação é de reportagem da Folha de
S. Paulo. Segundo relatos de líderes de partidos do bloco, a atitude
de Bolsonaro se deu em dois atos: primeiro, forçou a demissão de Sergio Moro
(Justiça), que no começo da gestão chegou a ser considerado “indemissível”,
justamente em um contexto de que tem a palavra final sobre cargos-chave. Antes
da exoneração, ele havia deixado claro em reunião com todos os ministros que a
prerrogativa de fazer nomeações no governo era dele. Depois, reafirmou a quem
ficou, em encontros coletivos e a sós, que ele irá distribuir postos de segundo
e terceiro escalão ao centrão e que não aceitará recusas. A conduta do
presidente foi confirmada por integrantes do governo à Folha. Demonizado na
campanha por Bolsonaro como sendo exemplo do que chama de velha política,
formada por parlamentares adeptos ao “toma lá, dá cá”, o centrão reúne cerca de
200 dos 513 deputados e virou a esperança do presidente de, pela primeira vez,
ter base de sustentação no Congresso. De acordo com a publicação, ao mesmo
tempo em que promoveu uma ruptura pública com o presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), Bolsonaro passou a procurar um a um líderes e presidentes de
partidos do grupo, formado principalmente por PP, PL, Republicanos, PTB e PSD
—esse último nega fazer parte, mas integra oficialmente o bloco do centrão na
Câmara, liderado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL).
02 maio 2020
Reginaldo Monteiro

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