17 abril 2020

O TENENTE NÃO ESTÁ NEM AÍ: Demissão de Mandetta gera repercussão negativa na imprensa internacional


Minutos após Luiz Henrique Mandetta anunciar no Twitter a sua demissão do cargo de ministro da Saúde, nesta quinta-feira, 16, a imprensa internacional começou a noticiar o fato. Os principais veículos destacaram a popularidade de Mandetta e o seu apelo em favor das medidas de isolamento social para conter o avanço da Covid-19 no Brasil, que já reportou 30.425 casos da doença e 1.924 mortes, segundo o Ministério. “Bolsonaro demite ministro da saúde popular após disputa por resposta a coronavírus”, publicou o jornal britânico The Guardian, que classificou o presidente como de “extrema-direita”. “Mandetta defendia o isolamento social, enquanto o presidente de extrema-direita insiste que o impacto da pandemia na economia brasileira é mais importante do que a perda de vidas”, mencionou a publicação. A chamada do jornal francês Le Figaro, que também descreve Mandetta como “popular”, foi “Bolsonaro exonera seu ministro da Saúde em meio à crise do coronavírus”. Sobre o sucessor de Mandetta, Nelson Teich, o jornal francês afirma que ele já havia sido procurado após a eleição de Bolsonaro, em outubro de 2018, mas Mandetta foi preferido, principalmente por causa de seu apoio político no Parlamento. “Em um artigo publicado recentemente, [Teich] lamentou ‘a polarização entre saúde e questões econômicas’ [em relação ao isolamento social]”, concluiu o jornal francês. O espanhol El País relatou que o ex-ministro, “um médico que apela à ciência”, se recusava a pedir demissão, só saindo da pasta a mando de Bolsonaro. Segundo o jornal, “há várias semanas, os brasileiros acompanham minuto a minuto o pulso do presidente e seu ministro da saúde em relação ao isolamento social”.

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