05 abril 2020

CAOS NO EQUADOR: Corpos nas ruas e colapso


Atrás apenas do Panamá como país mais afetado pelo coronavírus na América Latina, com 8 mortes por milhão de habitantes, o Equador registrava ontem 3.368 casos e 145 mortes por causa da covid-19. A demora em adotar medidas de restrição de circulação e a negligência no trato da pandemia, que se espalhava rapidamente, explicam a calamidade pela qual passa o país, de 16 milhões de habitantes. O próprio governo admite que os números devem ser maiores. O país não está realizando os testes massivos em seus habitantes como outros mundo afora e tem observado a curva de crescimento do contágio se elevar diariamente. No país sul-americano, o epicentro é o porto de Guayaquil, uma cidade com 2,6 milhões de habitantes e grande fluxo de pessoas localizada 400 km ao sul de Quito. Nesta semana, autoridades enfrentaram dificuldades para recolher os corpos de infectados que morrem no meio da rua ou em casa, sem ajuda. Nos últimos dias, imagens circularam nas redes sociais com corpos de vítimas em calçadas e na rua. “Essa desordem social está ocorrendo pelo pânico e pela falta de credibilidade que a população tem nas autoridades locais e nacionais. Precisamos de informação, de testes, de detectar quem são os infectados, começar a fazer testagens em laboratórios, universidades, para ter um panorama mais realista e saber qual cenário estamos enfrentando. A academia pode ajudar na tomada de decisão das autoridades. Podemos apoiar a população. E isso não é só Guayaquil, estamos pensando nos trabalhos de todos os cientistas, dos docentes, que querem ajudar o Equador a superar essa crise", diz o médico equatoriano Carlos Erazo, professor da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Equador.
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