Ao lado dos ministros Tarcísio Gomes, Tereza Cristina e Sérgio
Moro, Paulo Guedes se destaca no governo Bolsonaro. Antes mesmo de vencer as
eleições o presidente se apoiava no seu "Posto Ipiranga" para
conquistar credibilidade nas questões econômicas. Sem contar que foi ele o
responsável por convencer Moro a aceitar o convite para ocupar o Ministério da
Justiça e Segurança Pública. Além do conhecimento e respeitável currículo, os
números do seu ministério são admiráveis - a economia vai bem. Inflação bem
abaixo do centro da meta, taxa de juros mais baixa da história, desemprego em
queda, notas de risco do país cada vez mais favoráveis, otimismo dos
empresários em alta. É só alegria. Esses resultados deixaram Paulo Guedes em um
patamar de prestígio tão elevado que, talvez, tenha lhe subido um pouco à
cabeça. Por mais centrada que seja uma pessoa, é difícil manter a humildade e
os pés no chão quando recebe elogios por onde passa. O ministro tem sido
aplaudido aqui e no exterior. Todas as suas participações têm sido elogiadas
até com reverência. Nessas circunstâncias a vaidade pode ter falado mais alto e
feito o ministro perder a noção do perigo. Um pouco de receio de enfrentar o
público é fundamental para que o orador evite dizer o que não deve. Quando o
coração bate um pouco mais forte, algumas borboletas voam no estômago e as mãos
suam, o organismo fica mais bem preparado para os embates da vida. A pessoa
respeita mais o público que irá enfrentar e se prepara de forma conveniente
sobre o tema que irá abordar. O risco de errar diminui sensivelmente.
(Reinaldo Polito - UOL)
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