17 fevereiro 2020

EX-BOPE: Arma usada por miliciano morto na Bahia tinha dispositivo para disparar rajada


No dia em que morreu, o ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega usava uma arma com dispositivo de rajadas, que permite atirar como uma metralhadora. A informação foi divulgada ontem pelo “Fantástico’’, da TV Globo, e mostra o quanto o miliciano estava preparado para reagir durante a fuga. A reportagem revela ainda que “não seria possível disparar tiros isolados”. No escudo, usado pela polícia durante a operação, havia, no entanto, apenas duas marcas de tiros. Na casa, outros quatro buracos, que podem ser de marcas de balas ou de estilhaços. Adriano foi morto no último dia 9, na casa do sítio onde estava foragido e que foi cercada pela polícia baiana, durante a operação. Para o coronel João Vicente Guimarães, os agentes deveriam ter esperado Adriano se entregar. “Não há uma decisão de invasão de uma edificação quando não há um refém. A polícia não tem urgência pra fazer isso. Então nesse caso, pura e simplesmente, devia ter cercado aquela edificação e esperar que ele se entregasse”, avaliou João Vicente, consultor de segurança, ao “Fantástico”. Ainda segundo a reportagem, o Ministério Público da Bahia abriu investigação para apurar se Leandro Guimarães, que abrigou em sua fazenda Adriano da Nóbrega, lavava dinheiro do miliciano na região. A polícia do Rio, como mostrou o GLOBO no último dia 10, acredita que as fazendas de gado — Adriano teria terras na Bahia e em Sergipe em nome de laranjas — eram uma forma usada para lavar o dinheiro do crime.
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