17 fevereiro 2020

PARA EX-PRESIDENTES DA FUNAI: Política de Bolsonaro para indígenas é 'colonial'


O governo Bolsonaro já foi diversas vezes criticado por promover retrocessos na política ambiental. Duas medidas tomadas na área indígena na semana passada, porém, estão sendo apontadas como o retrocesso dos retrocessos. Um retorno ao Brasil colônia. É essa a avaliação de três ex-presidentes da Funai (Fundação Nacional do Índio) ouvidos pela Repórter Brasil. Trata-se da nomeação do ex-missionário evangélico Ricardo Lopes Dias para a coordenação dos povos isolados e do projeto de lei (PL) que permite atividades econômicas em terras indígenas. “Ambas medidas fazem parte da mesma política e da mesma visão de destruição dos povos e da natureza. É uma política colonial”, afirma o jurista e ex-presidente da Funai, Carlos Frederico Marés. Um evangelizador à cargo do contato com povos isolados remete à ação dos jesuítas que catequizavam índios para conquistar as suas terras. O PL remonta à lógica colonial de fatiar a terra disponível para a exploração econômica, sem respeitar as fronteiras de povos ancestrais. “Voltamos a um remoto período anterior ao Marquês de Pombal”, lamenta Márcio Santilli, que também presidiu o órgão sob o governo de Fernando Henrique Cardoso e cuja avaliação é corroborada por Maria Augusta Assirati, que comandou a Funai durante o governo de Dilma Rousseff.

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