14 dezembro 2019

INVASÃO DE CELULARES: "Fiz campanha para Bolsonaro e me arrependi", diz hacker


Invasor confesso dos celulares do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, de membros da força-tarefa da Operação Lava Jato e de outras autoridades, Walter Delgatti Neto disse, em entrevista para a revista Veja, que fez campanha para o presidente Jair Bolsonaro, mas acabou se arrependendo. Ele também confirmou que leu conversas da ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia e deu detalhes sobre a negociação com Manuela D'ávila e Glenn Greenwald. O hacker ainda negou a possibilidade de existir um "mentor" das invasões, conforme delatado por Luiz Henrique Molição, um dos membros do grupo. "Fiz campanha para o Bolsonaro e me arrependi depois”, afirmou Delgatti, que é estudante de direito. O jovem contou que teve acesso às contas de Telegram de dois filhos do presidente: o deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ). De acordo com o hacker, ele tem provas de que os dois parlamentares comandaram um esquema para impulsionar mensagens de WhatsApp apoiando o então candidato pelo PSL. Sobre a ministra Cármen Lúcia, Delgatti confirmou que viu conversas da ministra. De acordo com Delgatti, a magistrada teria feito piada com a morte de no neto de Lula, Arthur Araújo Lula da Silva, que tinha 7 anos. A manifestação da colega teria feito Rosa Weber deixar um grupo formado pelos ministros do Supremo.
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