O deputado estadual Capitão Assumção (PSL-ES) envolveu-se em nova polêmica nas redes sociais. Ele
publicou uma foto de sua filha de 10 anos segurando uma
arma em um estande de tiro, para ilustrar, segundo ele,
"o verdadeiro empoderamento". Ao ser advertido por uma internauta de
que o ato infringe o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e que estaria,
portanto, cometendo um crime, o deputado provocou: "me
prende, feminazi". Na noite desta sexta-feira, por volta das 20h, ele
apagou o post. "Ensinando às nossas filhas o verdadeiro empoderamento!
NUNCA SERÁ FEMINAZI! #bolsonaro #brasil #direita #bolsonaropresidente
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#flaviobolsonaro #lulanacadeia #capitaoassumcao", escreveu na legenda. A
internauta comentou: "crime!". Primeiramente, ele respondeu:
"está escrito aonde (sic)?". A mulher, então, reproduziu o artigo 242
da lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que
estebeleceu o ECA. De acordo com a lei, "vender, fornecer ainda que
gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente arma,
munição ou explosivo" prevê a pena de três a seis anos de reclusão. Em seu perfil nas redes sociais, Assumção se define como
"deputado estadual, conservador, bolsonarista, capitalista, heterossexual,
casado, pró-vida, anti-drogas, anti-comunista, legítima defesa e
Maranata". No mês passado, em discurso na Assembleia Legislativa do
Espírito Santo (Ales), ele ofereceu R$ 10 mil a quem
matasse um suspeito de feminicídio. Após a repercussão, ele
disse que só se arrependia de não ter mais dinheiro a oferecer. O Sindicato dos
Advogados do Espírito Santo emitiu uma nota de repúdio à publicação do
deputado. O órgão solicitou que o Ministério Público e as autoridades de
proteção e defesa da criança e do adolescente "tomem as medidas
necessárias".
26 outubro 2019
Reginaldo Monteiro

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