15 setembro 2019

BISBILHOTANDO: Planalto usa emendas e monitora redes sociais de deputados e senadores

O governo vai condicionar a liberação de verbas para emendas parlamentares e a distribuição de cargos nos Estados ao apoio no Congresso. Para medir a taxa de fidelidade ao presidente Jair Bolsonaro, o Palácio do Planalto começou a monitorar as redes sociais de deputados e senadores, bem como os discursos feitos na tribuna, além de acompanhar a votação de cada um no plenário. A ideia é usar até R$ 2 bilhões dos cerca de R$ 15 bilhões do Orçamento que devem ser desbloqueados nas duas próximas semanas para pagar emendas prometidas quando a reforma da Previdência começou a ser discutida, mas as negociações incluem agora uma espécie de compromisso de adesão a um "pacote" de interesse do governo. O maior foco de tensão está no Senado, que ainda vai apreciar as mudanças nas regras da aposentadoria. É por lá também que passará a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, para o cargo de embaixador nos Estados Unidos. Dois senadores aliados de Bolsonaro ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo afirmaram que Eduardo ainda não tem votos suficientes para ter o nome aprovado e consideraram "prudente" esperar o pagamento de emendas, que deve ocorrer em outubro, quando a equipe econômica destravar parte dos recursos do Orçamento.
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