14 setembro 2019

CIRO GOMES: 'Na defesa da democracia, vamos tocar fogo na rua'


Em entrevista a BBC News Brasil, o ex-ministro, que concorreu contra Jair Bolsonaro e Fernando Haddad (PT) na disputa pela Presidência, diz não se arrepender de sair do Brasil durante o pleito, decisão que ainda o persegue nas redes sociais. Nos comentários a seus posts, é fácil encontrar um "mas você não estava em Paris?". Não havia razão para ficar, argumenta Gomes, que fez 12% dos votos no primeiro turno, contra 29% de Haddad. Para ele, a derrota do petista era iminente e seu apoio não faria diferença alguma, o que teria ficado claro na análise dos números. Ele afirma que também não se arrepende de não ter apoiado Haddad, mesmo dizendo que o governo de Bolsonaro é muito pior do que imaginava. O pedetista afirma também que não vê Bolsonaro como uma ameaça à democracia, mas um destruidor das tradições republicanas do país. Cobra, no entanto, um posicionamento mais claro do presidente em relação às declarações do seu filho, Carlos Bolsonaro, a quem o ex-candidato à Presidência chama de "percevejo" e que, esta semana, foi alvo de críticas depois de afirmar nas redes sociais que "a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade almejada pelas vias democráticas". "Estou pedindo que o Bolsonaro fale claramente sobre isso, porque esse menininho [Carlos] é um percevejo, é irrelevante", diz. "Agora, se é isso que pensa o Bolsonaro, a gente precisa dizer com clareza para ele que a imoralidade do PT nos divide, a agenda de costumes tosca nos divide, mas na defesa da democracia nós vamos tocar fogo na rua, fique seu Bolsonaro sabendo. Ele que não avance na direção disso, porque a minha geração sabe o que custou retomar a democracia e ele se elegeu por conta de democracia", continua Gomes, que também afirma já estar em campanha para 2022.
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