O procurador Deltan Dallagnol
usou dois grupos políticos surgidos após a operação Lava Jato como porta-vozes
de causas políticas pessoais dele e da operação, revelam mensagens trocadas
pelo aplicativo Telegram e que fazem parte do arquivo da Vaza Jato. Nelas, Dallagnol pauta atos
públicos, publicações em redes sociais e manifestações dos movimentos de forma
oculta, tomando cuidados para não ser vinculado publicamente a eles. Os chats
mostram que Dallagnol começou a se movimentar para influenciar a escolha do
novo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal apenas um dia após a
morte do ministro Teori Zavascki, antigo responsável pelos processos da
operação no STF. Um dos grupos, o Vem Pra Rua, é notoriamente alinhado a
partidos e políticos de direita. Dono de uma página de Facebook com mais de 2
milhões de seguidores, foi um dos principais organizadores de marchas pelo
impeachment de Dilma Rousseff. A sua principal figura é Rogerio Chequer, que
aproveitou a fama para lançar-se candidato a governador de São Paulo pelo
Novo e, em seguida, tornar-se cabo eleitoral de Jair Bolsonaro.
Próxima a Dallagnol, a procuradora Thaméa Danelon, ex-integrante do braço
paulista da Lava Jato – que chegou a coordenar por menos de dois meses no fim
de 2018, quando repentinamente pediu para deixar o grupo–,
em várias ocasiões funcionou como ponte com o Vem pra Rua, revelam as mensagens
recebidas pelo Intercept de uma fonte anônima. O
outro grupo é o Instituto Mude — Chega de Corrupção, criado
inicialmente para coletar assinaturas a favor das dez medidas contra a
corrupção, um pacote de mudanças legislativas que se tornou uma obsessão
pessoal de Dallagnol.
12 agosto 2019
Reginaldo Monteiro

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