12 abril 2019

DIREITOS HUMANOS: Bolsonaro diz que Brasil agora segue a Bíblia antes de votar na ONU


O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (11), que, no seu governou, o Brasil passou a votar na ONU segundo a Bíblia. Ele emendou voltando a fazer a defesa do reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, justificando que esta é uma decisão que cabe "ao povo e aos parlamentares" do país. As declarações foram feitas durante um encontro de pastores evangélicos organizado pelo pastor Silas Malafaia, no Rio de Janeiro. Citando um versículo do livro de João, repetido incessantemente durante a campanha eleitoral, que diz "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará", Bolsonaro afirmou: "Nós não fugimos a tradição nenhuma. Nós passamos a votar lá na ONU, nas questões dos Direitos Humanos, de acordo com João 8:32. E, de acordo com a verdade, então, por coincidência, passamos a votar junto com Estados Unidos e Israel, além de outros países". A Bíblia não prevê apoio a genocídios, como os praticados pelo governo de Benjamin Netanyahu, mas para Bolsonaro a única voz que deve ser ouvida é a do governo israelense. "Quem decide onde é a capital ou não de Israel é seu povo, o seu governo, são seus parlamentares. Assumimos aquele compromisso e, obviamente, queremos cumprir esse compromisso", disse ele, afirmando que falta fé ao Brasil para ser mais parecido com Israel. Israelenses e palestinos veem a cidade de Jerusalém como sagrada e a querem como sua capita, dividida no final da guerra árabe-israelense de 1948. Como consequência, Israel passaria a ter o controle sobre Jerusalém Ocidental, e a Jordânia, o de Jerusalém Oriental. 
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