07 abril 2019

DESISTÊNCIA: Brasileira deixa o Mais Médicos por falta de condições e de pagamento


A indigenista Ananda Conde ingressou no curso de medicina com o objetivo de trabalhar com saúde indígena. Entrou para o Mais Médicos assim que se formou, mas as condições de trabalho na Terra Indígena Ianomâmi (AM/RR) a fizeram desistir após dois meses. Aprovada em um concurso da Marinha, ela acredita que as Forças Armadas possam oferecer melhores condições de trabalho para realizar seu sonho de atender as populações tradicionais da Amazônia. Leia o depoimento da médica. Terminei a primeira graduação, em jornalismo, em 2008, e já saí de Brasília para trabalhar com proteção de povos indígenas isolados. Fui direto para Rondônia, onde participei de uma capacitação de uma ONG, para atuar nessas áreas de frente de proteção etnoambientais, que lidam com essa temática. No vale do Javari (fronteira do Amazonas com o Peru), a gente fazia fiscalização, localização etnoambiental, lidava com essa questão de identificar quem eles são, mas sem fazer o contato. Fazia expedições de 20 a 30 dias. Depois de um tempo, saí da ONG e fui contratada pela Funai. Fiquei cerca de quatro anos lá. É uma área de extrema importância, com cerca de 23 referências de povos indígenas isolados. Mas é muito caótica, violenta, onde a invasão território ali era um pouco freada pela ação da frente etnoambiental. Houve ataques a tiros à base.
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