11 março 2019

EX-COORDENADORA: "Equívoco", afirma criadora de caderneta de saúde vetada rebatendo Bolsonaro


Alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro, a caderneta de saúde do adolescente passou por dois anos de discussões com especialistas, pais e adolescentes e testes-piloto em cinco cidades antes de ser distribuída para o país. Nos anos seguintes à sua implementação, a medida levou também a um aumento no número de adolescentes cadastrados para acompanhamento nas unidades de saúde -o grupo é conhecido pela resistência em procurar esses serviços. A informação é da ex-coordenadora de saúde do adolescente do Ministério da Saúde, Thereza de Lamare, que atuou na área entre 2004 e 2015 e foi responsável pela implementação do projeto. "Tivemos respostas imediatas dos municípios que implementaram a caderneta por meio do programa Saúde na Escola, mostrando que isso contribuiu para esclarecer os pais sobre a importância de conversar sobre diversos assuntos", relata. Em entrevista à Folha de S.Paulo, Lamare classifica como equívoco a possibilidade de recolhimento do material e de retirada de imagens que citam o uso da camisinha. "É um equívoco", diz a ex-coordenadora. "A questão da camisinha faz parte da vida real. Uma hora os adolescentes vão ter relação sexual, e é melhor que tenham de forma segura."
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