O jornal O Estado de S. Paulo voltou a criticar o presidente
Jair Bolsonaro e seus filhos neste sábado, 3. Depois de chamar Bolsonaro de "indecoroso,
grosseiro, autoritário e ignorante", o jornal conservador de São Paulo
agora que o caso Fabricio Queiroz desmascarar o discurso da moralidade do clã
Bolsonaro. "Apesar de todas essas juras de uma nova moralidade
pública, o caso de Queiroz assemelha-se cada vez mais às práticas da velha
política. Assim, não surpreende que os Bolsonaros façam de tudo – rigorosamente
de tudo – nas redes sociais para desviar a atenção para outros assuntos",
diz o Estadão. Após não atender a quatro convites para prestar depoimento – o
que é um direito do investigado –, Fabrício Queiroz apresentou defesa técnica
ao Ministério Público Estadual (MPE). O Conselho de Controle de Atividades
Financeiras (Coaf) detectou movimentações financeiras "atípicas" nas
contas do ex-funcionário do gabinete de Flávio Bolsonaro (PSL) na Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro. Para explicar o dinheiro movimentado em seu nome
em 2016 e 2017, Queiroz alegou que recolhia os salários dos colegas e os
distribuía a um número maior de assessores, para ampliar a rede de
colaboradores do filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro. O MPE suspeita
que Queiroz recolheu o salário de outros funcionários do gabinete para si
próprio ou para entregar a Flávio Bolsonaro, hoje senador pelo Estado do Rio de
Janeiro. O ex-assessor negou peremptoriamente essa prática. "Fabrício
Queiroz não praticou qualquer ilícito penal, uma vez que não houve desvio de
finalidade dos recursos do gabinete do deputado", disse a defesa. Ele
fazia tão somente o "gerenciamento externo dos assessores" do
gabinete.
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