A seleção brasileira é penta e ninguém contesta. Porém, basta uma
apitadinha incerta de um juiz nesta copa de 2018 que não favorece o Brasil e é suficiente para deixar o Cala a Boca Galvão e outros enraivecidos. No
entanto, uma olhada mais atenta para alguns erros de arbitragem que
beneficiaram o time canarinho ao longo da história em Copas não deixa dúvidas:
uma fração das nossas glórias se deve à ajuda de juízes. Abaixo, sete
dos equívocos que nos ajudaram a ganhar títulos.
1 – Pênalti
não marcado e gol da Espanha anulado (Brasil x Espanha, 1962)
Combo
pró-Brasil nesse jogo. Nilton Santos comete pênalti, percebe que está dentro da
área e dá dois passos para fora. O lance é tão ostensivo que parece jogo de
criança de pré-escola. O árbitro cai no truque e marca apenas falta. A essa
altura a Espanha já ganhava por 1 a 0. Na cobrança da falta, Puskas marca um
golaço de bicicleta, mas o bandeira vê um impedimento que nem Arnaldo marcaria,
e anula a jogada.
2 –
Cotovelada de Pelé (Brasil x Uruguai, 1970)
Ok,
era revide de outro lance não marcado, um pisão de Fontes no Rei. E,
convenhamos, foi uma demonstração da arte da vingança. Mas isso não muda o fato
de que Pelé deu com vontade na cara do rival. Deveria ter sido expulso e,
consequentemente, perdido a final de 1970. Obrigada, deuses da bola. A História
não teria sido escrita se o juiz não tivesse perdido esse lance.
3 – Gol
anulado da Espanha (Brasil x Espanha, 1986)
A
Espanha não tem mesmo sorte contra o Brasil. Depois de ser garfada em 62,
voltou a ser prejudicada em 86. No início do segundo tempo, com o placar ainda
no zero, Francisco chuta da entrada da área, a bola bate na trave, bate dentro
do gol e sai. Árbitro e bandeira não viram e placar seguiu inalterado. Brasil
vence por 1 a 0. A partir de 3:04. O vídeo vale também por conta da
pré-história do tira-teima.
4 – Falta
de Branco não marcada (Brasil x Holanda, 1994)
O
vídeo é cristalino. Branco meteu a mão no rosto e no pescoço do Overmars, seu
marcador, antes de ser derrubado. O lance deu origem ao histórico gol de falta
do próprio Branco. Mas, justiça seja feita, a miopia não foi seletiva. Depois
de ser derrubado, o lateral esquerdo (que só atuou porque o titular Leonardo
foi expulso após cotovelada criminosa desferida na partida contra os EUA) leva
um chute de Koeman, aparentemente nas partes baixas, e ficou por isso mesmo. A
partir de 0:56.
5 – Pênalti
mal marcado para o Brasil (Brasil x Turquia, 2002)
A
Copa de 2002 tem na conta grandes vergonhas por parte da arbitragem. Dois
desses lances favoreceram o Brasil. No primeiro, a seleção ganhou um pênalti de
presente na tensa estreia naquele Mundial. Aos 40 minutos, com o placar em 1 a
1, Luizão sofre falta fora da área e mergulha com vontade, tentando cavar o
pênalti. Conseguiu convencer o árbitro, que ainda expulsa Ozalan. A partir de
3:52. Também nessa partida, Rivaldo protagoniza papelão ao simular uma bolada
no rosto. Enquanto esperava o time brasileiro posicionar-se para o escanteio,
ele leva uma bolada no braço, desferida por um jogador da Turquia. Já era
suficiente para que o adversário fosse expulso, mas ele resolveu fingir que
havia sido atingido no rosto. Unsal foi de fato expulso, mas o teatro passou
despercebido pela arbitragem. Rivaldo chegou a ir a julgamento pelo lance, mas
levou apenas uma multa. A partir de 5:10.
6 – Gol
anulado da Bélgica (Brasil x Bélgica, 2002)
O
segundo lance que beneficia o Brasil aconteceu nas oitavas de final. O placar
ainda estava no zero e a Bélgica jogava melhor. Aos 35 minutos, Wilmots sobe
mais que Roque Júnior e cabeceia para o gol. Árbitro benevolente viu falta –
que só ele e o Arnaldo viram, aliás. A partir de 1:40.
7 – Gol
ilegal validado (Brasil x Costa do Marfim, 2010)
Esse
lance pode não ter mudado o rumo do jogo, mas já está na história como um
daqueles erros escandalosos. A partida já estava 1 a 0 para o Brasil quando
Luís Fabiano dominou a bola com o braço duas vezes antes de meter para o gol. A
partida terminou com 3 a 1 para o Brasil. A partir de 1:40.
Bônus –
Juiz some com súmula (Brasil x Inglaterra, 1962)
Nas
quartas de final do Mundial de 62, contra a Inglaterra, Garrincha foi expulso e
desfalcaria o Brasil na semi contra o Chile. Desfalcaria, porque o craque
brasileiro não apenas jogou como marcou 2 gols na semifinal. O motivo? O
árbitro peruano Arturo Yamasaki sumiu. Não entregou a súmula a tempo da
realização do julgamento do brasileiro, que foi liberado para brilhar na
partida seguinte. Curioso, não?
Ora, me poupe!
Ora, me poupe!
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