Parentes e amigos de pessoas
portadoras de Síndrome de Down fizeram nesta quarta-feira, 21, no Rio de
Janeiro um ato silencioso de repúdio à desembargadora Marília Castro Neves, do
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). A magistrada postou na internet
comentários em que ridicularizava uma professora que tem a síndrome, como se a
docente fosse incapaz de ensinar. A desembargadora também divulgou fake news
(notícias falsas) sobre a vereadora Marielle Franco, assassinada na
quarta-feira da semana passada, acusando-a, sem provas, de ter ligações com o
crime organizado. Afirmou também que o deputado federal Jean Willys (PSOL-RJ)
deveria ir para o "paredão de fuzilamento". O Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) abriu inquérito para investigar o comportamento da magistrada. O
protesto desta quarta foi feito no Dia Internacional da Síndrome de Down.
Durante a sessão, os manifestantes ergueram cartazes onde se lia: "Quem
julga com preconceito não sabe fazer direito". O Tribunal de Justiça
divulgou nota dizendo que "o grupo do movimento em favor das pessoas com
Síndrome de Down teve pleno acesso à sala de sessões da 20ª Câmara Cível".
"Nossa assessoria entrou em contato com uma advogada e mãe de uma criança
com Down, Sandra Kiefer, que disse ter saído satisfeita com o ato realizado
(...), classificando-o de protesto pacífico." A assessoria informou também
que não vai se pronunciar sobre a declaração pessoal da desembargadora.
Procurada em seu gabinete, Marília informou por meio de um assessor que
tampouco vai se manifestar sobre o tema.
22 março 2018
Reginaldo Monteiro

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