21 janeiro 2017

RIO GRANDE DO SUL: Crise afeta segurança e gera 'medo de morrer'

Luiz Fernando Schilling, 29, foi assassinado a facadas em um assalto ao defender a irmã. Cristine Fonseca Fagundes, 44, levou um tiro na cabeça enquanto esperava o filho de 10 anos sair da escola. A filha mais velha estava no carro e viu a mãe morrer. Antonio Cascaes Martins, 78, morreu com um tiro no peito enquanto trabalhava na sua barbearia, um ofício de 50 anos. Homicídios como esses, ocorridos em 2016, em Porto Alegre, aumentaram 128% no Rio Grande do Sul na comparação do primeiro semestre de 2010 com o primeiro semestre de 2016 -de 39 para 89. Se comparado aos seis primeiros meses do ano passado, esse tipo de crime cresceu 35%. O Estado vive uma crise de segurança pública sem precedente, com corpos degolados nas ruas, disputa entre facções, superlotação de presídios e detentos algemados em lixeiras por falta de vagas nas carceragens. O Presídio Central, que já foi rotulado como o pior do país, tem 4.700 detentos para 1.800 vagas. Com a crise nacional do sistema carcerário, o presidente Michel Temer (PMDB) anunciou um presídio federal de segurança máxima no Estado, ainda sem data e local para início das obras. A desmotivação de policiais militares e civis agrava a situação. O governador José Ivo Sartori (PMDB) tem pedalado os salários dos servidores, através de parcelas, há um ano. Para tentar diminuir o déficit, Sartori enviou à Assembleia um projeto que extingue órgãos -os deputados já aprovaram o fim de três secretarias e oito fundações.
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