12 novembro 2016

EUA: Democratas vivem crise de identidade com derrota de Hillary

Caos, choque, crise de identidade, risco de guerra civil: estes são os termos mais usados pela imprensa norte-americana para descrever a ressaca do Partido Democrata após a vitória do republicano Donald Trump. Uma força política que ficou reduzida a escombros pela "dolorosa" - segundo suas próprias palavras - derrota de Hillary Clinton, que marcou o fim não apenas de uma dinastia familiar, mas também de uma época. O senador Bernie Sanders, que seduziu multidões desencantadas com a política, mas não conseguiu superar a poderosa máquina de Hillary, disse que a derrota é uma "vergonha" para todo o Partido Democrata, apontando a "falta de entusiasmo" da militância como principal causa do resultado. Todos pensavam que, depois do primeiro negro na Casa Branca, chegaria a primeira mulher. No fim das contas, os democratas perderam tudo de uma só vez: Presidência, Câmara, Senado, um grande número de governadores e congressos estaduais. Desde 1928 que o partido não tinha tão pouco poder, uma erosão que começou durante o governo Obama, em 2010, quando a legenda perdeu o controle da Câmara dos Deputados na eleição de meio de mandato.    Agora o partido precisa encontrar uma nova liderança e se refundar. O apelo de Obama com jovens, negros e outras minorias parece ter se esgotado nele mesmo, sem capacidade de se transferir para outro político, a começar por Hillary, que simbolizava um retorno ao passado.
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