22 outubro 2016

Inflação de serviços como cabeleireiro e aluguel estão no foco do BC

Todos os olhos do mercado financeiro se voltaram, desde a última quarta-feira (19), para o comportamento de preços como cabeleireiro, aluguel residencial, condomínio e refeições fora de casa. São itens que, segundo levantamento do Banco Central, sofrem mais influência do nível de atividade (no caso, da recessão) e representam dois terços dos serviços monitorados no cálculo da inflação. Na última quarta (19), ao anunciar o primeiro corte de juros em quatro anos, para 14% ao ano, os diretores do BC indicaram preocupação com a resistência de queda dos preços desses serviços. Apesar da profunda recessão, eles pararam de cair mais recentemente, dificultando a baixa da inflação, hoje em 8,48% ao ano. O alerta colocou em dúvida o futuro da taxa de juros entre investidores e analistas – que tentam antecipar as decisões do BC para lucrar. É consenso no mercado a opinião de que o BC continuará a reduzir os juros na próxima reunião, em novembro. Mas agora muitos preveem que o corte pode ser mais branda do que era esperado. Isso provocou movimentação no mercado nos últimos dois dias, com os investidores calibrando suas apostas. A redução de 0,5 ponto percentual na taxa em novembro perdeu fôlego e ganhou força a aposta de corte de 0,25 ponto. O BC mostrou-se mais conservador do que se esperava, dizem analistas.
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