O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), reformou
nesta quarta-feira (14) uma decisão do último dia 8 de setembro em que dizia
que a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentava “embaraçar as apurações” da Operação
Lava Jato. O trecho foi retirado do despacho após os advogados de Lula
reiterarem um pedido para que três inquéritos que estão em Curitiba sobre o
ex-presidente fossem suspensos e enviados à STF. O pedido foi negado por
Zavascki no dia 6, decisão mantida nesta quarta-feira. O ministro, no entanto,
reconsiderou os termos da decisão, dizendo que a afirmação foi “inadequada”,
por poder ter sido interpretada como “pejorativa” ao ex-presidente. “O sentido
da afirmação deve ficar compreendido como destinado unicamente a pontuar os já
reiterados pronunciamentos da Corte contrários à tese da defesa”, afirmou o
ministro. Os advogados de Lula questionaram as críticas de Zavascki à defesa,
argumentando que todo cidadão tem o direito constitucional da ampla defesa e
que utilizaram os recursos como tentativa de conter as violações aos direitos e
garantias. O ministro reconheceu que havia uma contradição na decisão, que,
apesar de ter mantido as investigações na primeira instância da Justiça, fez
juízo de valor sobre embaraços à investigação.
(globo.com)