26 setembro 2016

Centrais sindicais se mobilizam contra as reformas

O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, presente ao Fóruns Estadão Brasil Competitivo, na quarta-feira, admitiu que a regulamentação da terceirização e a flexibilização dos contratos de trabalho são necessárias, mas ressaltou que não podem, de maneira nenhuma, suprimir direitos dos empregados. "Precisamos de flexibilização, mas que não seja sinônimo de precarização e perda de direitos." O tom conciliador de Patah não se reflete nas ruas. Na semana passada, a UGT e as outras principais centrais sindicais do País organizaram mobilizações contra as reformas que estão sendo propostas pelo governo federal nas leis trabalhistas e na Previdência. Com o tema "Nenhum direito a menos", os atos aconteceram em defesa dos direitos sociais e trabalhistas. Os sindicatos são críticos às reformas em estudo pelo governo Temer, pois entendem que vão retirar direitos dos trabalhadores. "Somos contra a terceirização, a reforma na Previdência, as mudanças na CLT, que privilegiam o negociado sobre o legislado, a PEC do teto de gastos e a retirada dos recursos do pré-sal para educação. São mudanças que retiram direitos", afirmou o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo. Em nota, a Força Sindical afirmou que "as propostas anunciadas pelo governo, como as reformas da Previdência e da legislação trabalhista, mostram que mais uma vez querem jogar a conta da crise econômica nas costas dos trabalhadores, que não concordam em pagar mais uma dívida que não contraíram".
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