15 março 2016

Região amazônica tem rotas de tráfico humano sem fiscalização

A vulnerabilidade da tríplice divisa, na confluência entre Brasil, Peru e Colômbia, para a fiscalização do tráfico humano realmente impressiona. A ponto de ser chamada de fronteira "viva" ou "aberta": do porto de Tabatinga (AM) para a localidade peruana de Santa Rosa são apenas quatro minutos em linha reta de "pek-pek" – o motorzinho de popa que tornou os deslocamentos pelos rios Solimões e Amazonas muito mais rápidos e incontroláveis. Entre Benjamin Constant (AM), no lado brasileiro, e Islândia, no Peru, a distância é ainda menor: cerca de 50 metros pela foz do rio Javari, que podem ser cruzados a remo. Ou dois minutos em barco regular a motor até o centro da vila, por R$ 4. Em ambos os casos, a fiscalização aduaneira não existe. Para cruzar a fronteira com os barcos que saem das estações regulares de Tabatinga e Benjamin Constant, basta informar o primeiro nome. O serviço de transporte não exige documentos e nem faz perguntas sobre o parentesco de quem está viajando. Na divisa de Tabatinga com Letícia, separadas apenas por uma rua, o controle é mais rigoroso, mas apenas na principal rota de passagem entre Brasil e Colômbia –pela avenida da Amizade. Nas ruas adjacentes, o trânsito é livre. E fluente.
(Uol)
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