Sábado é dia de Nobel na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip).
A jornalista bielorrussa Svetlana Aleksiévitch, ganhadora do prêmio no ano
passado, sobe ao palco às 17h15 para falar de, entre outras obras, de seu
"Vozes de Tchernóbil" (Companhia das Letras), seu primeiro título
publicado no Brasil e que acaba de ser lançado. Publicado em 1997, a obra levou
dez anos para ser escrito e reúne entrevistas com testemunhas da maior
catástrofe nuclear da história. O livro chegou a ser proibido em Belarus. Por
causa de sua crítica ao regime soviético, Aleksiévitch viveu periodicamente no
exterior, na Itália, França, Alemanha e Suécia, entre outros lugares. O dia
também tem um encontro com o poeta Leonardo Fróes, a quem o curador da Flip,
Paulo Werneck, diz que poderá protagonizar uma das principais mesas desta 14ª
edição da festa. Ao meio-dia, Benjamin Moser, biógrafo de Clarice Lispector, e
a escritora e crítica Heloisa Buarque de Hollanda, falam sobre as relações
entre a homenageada da Flip 2016, a poeta Ana Cristina Cesar e a autora de
"A hora da estrela". Às 15h, o escritor holandês Arthur Japin e o
artista plástico brasileiro Guto Lacaz falam sobre as ideias sobre design do
inventor do avião Santos Dumont. Helen McDonald e Maria Esther Maciel falam
sobre representações de vida e morte na literatura na penúltima mesa do dia, às
19h30. O sábado se encerra com a inglesa Kate Tempest e o brasileiro Ramon
Nunes Mello, que comentam a junção de poesia, rap e teatro contemporâneo em
seus trabalhos.
(globo.com)