08 julho 2016

ESTUDO: Pessoas com deficiência intelectual tomam mais medicação

O estudo Projeto Pomona-Esp foi financiado pelo Fundo de Investigação Sanitária do Instituto de Saúde Carlos III e elaborado com a participação de quase mil pessoas com incapacidade intelectual. O trabalho analisou os indicadores de saúde dos participantes. De acordo com as conclusões, estas pessoas tomam medicação em excesso, apresentando uma ingestão média diária de 4,25 fármacos. Em 19% dos casos, a ingestão média diária de medicamentos é superior a sete ou mais. Os fármacos psiquiátricos representam 65% dos medicamentos ingeridos, "embora não exista um diagnóstico claro de patologia psiquiátrica", indicou. Muitos destes doentes apresentam um transtorno mental associado, sendo os mais frequentes comportamentais, psicóticos e perturbações do espectro do autismo, e precisam de medicação. Segundo esta investigação, elaborada por psicólogos, psiquiatras e trabalhadores sociais, "são usados um elevado número de fármacos anticonvulsivos e neurolépticos como medida de controlo comportamental". Na opinião de Rafael Martínez, um dos psicólogos que participou no trabalho, "por vezes, os próprios psiquiatras dizem que tratar os transtornos é complicado e introduzem e retiram medicamentos à experiência".
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