A Polícia Federal fez uma operação nesta
terça-feira nos escritórios do consórcio responsável pela construção de
instalações olímpicas em Deodoro. O complexo que receberá eventos dos Jogos Rio
2016 é parte de uma investigação maior sobre corrupção. A PF disse em
comunicado que cumpriu mandados de busca e apreensão na sede do consórcio,
formado pelas construtoras OAS e Queiroz Galvão, que são alvo também das
investigações da Operação Lava Jato. "As investigações apontam para
fraudes no transporte e na destinação dos resíduos sólidos, com a falsificação
de documentos públicos e a oneração de custos", disse a PF em nota.
De acordo com a polícia, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão
nos escritórios de duas empresas (não identificadas) que teriam prestado
serviços à construtora responsável pela execução das obras. Ainda
segundo a nota da PF, a Justiça determinou o bloqueio de 128 milhões de reais
que seriam destinados pela Caixa Econômica Federal ao pagamento do Consórcio
Complexo Deodoro por causa dos elementos colhidos pela investigação até o
momento. Procuradores federais disseram que estão investigando todos os
projetos relacionados aos Jogos que receberam recursos federais, o que inclui
obras e serviços em Deodoro e também no Parque Olímpico da Barra.
(Band)