As mulheres que tomam inibidores
seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) durante a gravidez, também
conhecidos como antidepressivos, têm filhos com menos peso. O ISRS é um
medicamento destinado ao tratamento de sintomas depressivos e não só interfere
com o peso do bebê (que nasce, em média, 205 gramas mais leve) como também com
o dia do nascimento, vindo ao mundo 4,9 dias antes do previsto. Ingerir esses
antidepressivos pode ainda impulsionar os casos de autismo ou de síndrome de
Asperger nos bebês, mas coloca ainda a saúde da mãe em risco, uma vez que fica
à mercê de eventuais problemas cardiovasculares. Estas conclusões foram
alcançadas por um estudo da Universidade de Oxford que estima que analisou
27.756 crianças – das quais 194 tinham sido expostas a ISRS. Os investigadores
estimam que 6% a 10% das mulheres recorrem a este tipo de antidepressivo
durante a gravidez. Publicada na International Journal of Epidemiology, a investigação salienta
que os fatores genéticos e ambientais não interferiam com os resultados obtidos
e que este medicamento pode ser prejudicial tanto durante a gravidez como
também nos momentos pré e pós parto, quando os níveis de ansiedade, estresse e
depressão podem disparar nas mulheres
