Diante do ineditismo do afastamento do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
a Direção Geral da Câmara já discute a retirada de direitos e regalias do
peemedebista, como uso de residência oficial, segurança da Polícia Legislativa,
suspensão de pagamento para assessores e corte de salário. "Tem coisas que
aconteceram hoje que nunca aconteceram. Isso para nós é um fato novo, é uma
situação inédita", resumiu o primeiro-secretário da Mesa Diretora,
deputado Beto Mansur (PRB-SP), ainda sob efeito da surpresa do afastamento. Técnicos
da Casa disseram ao Broadcast Político que, com Cunha afastado por determinação
do Supremo Tribunal Federal a Câmara terá apenas 512 deputados, uma vez que seu
suplente não poderia ser chamado para ocupar o mandato. Apesar de não poder
exercer seus direitos parlamentares, o peemedebista continua com foro
privilegiado. Inicialmente, a direção da Câmara deve esperar a publicação da
decisão do STF para retirar as facilidades do presidente agora afastado. Cunha
deixará de receber o salário de R$ 33.763,00, não terá mais à sua disposição os
policiais legislativos que fazem sua segurança, nem direito a carro oficial com
motorista. Deve ser concedido um prazo de 30 dias para que o peemedebista deixe
a confortável residência oficial em Brasília.
(Bol)