O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo
Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de mais dois inquéritos sobre o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Os pedidos para investigar o
deputado foram feitos pela Procuradoria Geral da República (PGR), mas tramitam
em segredo de Justiça. Com a decisão, chegaram a cinco o número de
procedimentos sobre o peemedebista em andamento na Corte, incluindo um pedido
feito em dezembro para afastá-lo do mandato e do comando da Câmara, por
supostas tentativas de atrapalhar as investigações. Em março, por 10 votos a 0,
o STF acolheu denúncia contra o deputado, suspeito de ter recebido ao menos US$
5 milhões em propina de um contrato da Petrobras. Além disso, Cunha também é
investigado em outros dois inquéritos: um sobre contas na Suíça que teriam recebido
propina atribuídas a ele; e outra sobre propina para obras do Porto Maravilha,
no Rio. A defesa de Cunha
sempre negou o recebimento de vantagens indevidas e diz que as contas na Suíça
são “trustes”, modalidade em os recursos são administrados por terceiros.
Na última sexta, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nos
Estados Unidos que apresentará ao STF, “em breve”, mais duas denúncias contra
Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A denúncia é a etapa posterior ao inquérito e
apresenta indícios mais consistentes de ocorrência e autoria de crimes.
(globo.com)