Um grupo de presidiários foi escalado para erguer
barreiras de tapumes metálicos que, até o próximo fim de semana, servirão de
muro que dividirá a Esplanada dos Ministérios ao meio para abrigar
manifestantes a favor e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Monitorados por policiais militares, os presidiários usavam camisetas brancas
sobre a cabeça para se proteger do sol forte. A barreira, já usada pelo governo no
dia 7 de setembro do ano passado para aplacar as manifestações contrárias à
presidente Dilma Rousseff durante o aniversário da Independência do Brasil,
volta agora a ser erguida para tentar evitar o confronto dos manifestantes. Um
forte esquema de policiamento foi montado para a próxima semana, com um
contingente que poderá chegar a 4 mil policiais. O trânsito será desviado e
terá operações especiais nos próximos dias. Por conta do clima de tensão,
agentes policiais e do Corpo de Bombeiros já foram deslocados para o entorno do
Congresso e do Palácio do Planalto. Do lado direito da Esplanada, ficarão os
manifestantes que pedem o impeachment de Dilma. Do lado esquerdo, estarão
aqueles que defendem a continuidade do governo. O "muro do
impeachment" só deverá ser desmontado no fim da votação pela Câmara. O
processo deverá ocorrer entre os dias 15 e 17 de abril.
(Estadão)