Julgamento do impeachment de Fernando Collor em 1992 no Senado, presidido por Sydney Sanches, então presidente do STF |
Há uma confusão que precisa ser esclarecida. A Câmara dos Deputados não votará impeachment
neste domingo (17). Aliás, nunca julgou presidente da república porque não é de sua competência. Há risco de um misto de decepção com surpresa quando, independente do resultado na
Câmara amanhã, descobrir-se que o impeachment não foi votado. E não será mesmo.
Por 38 votos a favor e 27
contra, a Comissão Especial que analisou o impeachment de
Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados aprovou o parecer, que recomenda a abertura do
processo de impedimento. Esta semana o parecer está sendo analisado e
discutido pelos deputados. Na votação deste domingo, como está
programado, precisará de 342 votos favoráveis para que a admissibilidade siga para análise do
Senado, que é quem decide se acolhe ou não a denúncia.
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Se aprovado o relatório
pelo plenário da Câmara neste domingo e apenas em caso de acolhimento da denúncia pelos
senadores em seguida, será aberto processo contra Dilma, que poderá ser afastada até o
julgamento final pelos senadores em plenário. Em tal cenário,
durante esse período, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) ficaria a frente do país. Quem preside o julgamento no Senado é o presidente do Supremo Tribunal Federal.