A revista britânica The Economist
afirma que o "confronto entre o governo do Brasil e o sistema Judiciário
acaba de ficar mais estranho e mais implacável". Em reportagem publicada
na página na internet, a publicação diz que o debate tem girado em torno de
"sutilezas legais" e, ao comentar a divulgação de grampos telefônicos,
a Economist cita que o juiz Sérgio Moro pode ter "ido longo demais". Com
o título "Aborto do retorno de Lula ao governo espalha novos protestos e
suspeitas", a reportagem afirma que a crise política no Brasil está
"mais profunda e estranha". A Economist relembra os últimos
desdobramentos da crise com o anúncio da nomeação de Luiz Inácio Lula da Silva
como ministro, a divulgação de gravações entre o ex-presidente e a presidente
Dilma Rousseff e a reversão da nomeação de Lula pela Justiça do Distrito
Federal. A Economist ressalta que o governo reagiu especialmente à divulgação
das gravações que envolvem a presidente Dilma. O texto diz que, enquanto o
governo diz que houve "flagrante violação da lei e da Constituição",
o juiz Sérgio Moro argumenta que as gravações "têm interesse
público". "Mas liberar uma gravação de conversa em que uma das
partes, não menos que a presidente, que não está formalmente sob investigação e
goza de forte proteção constitucional parece com uma violação da sua
privacidade", diz a Economist. "No passado, o senhor Moro já pareceu
algumas vezes ter ido longe demais na sua perseguição obstinada contra a
corrupção", completa o texto que argumenta que "vários membros do
Supremo Tribunal Federal, por exemplo, acham que a detenção de Lula para
interrogatório, que foi determinada pelo senhor Moro, foi injustificada". Apesar
da guerra de argumentos jurídicos, a Economist nota que o cenário político é
que pode determinar o futuro do governo Dilma Rousseff. "Cada nova
revelação afasta alguns dos aliados centristas remanescentes no
Congresso", cita o texto.
18 março 2016
Reginaldo Monteiro
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