O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou a Polícia Federal a
indiciar o governador de Minas Gerais,
Fernando Pimentel, do PT. O indiciamento é
na operação Acrônimo, que apura um esquema de lavagem de dinheiro para
campanhas eleitorais. O advogado do governador Fernando
Pimentel, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, informou
que a defesa não vai comentar o caso. Ele disse ainda que recebeu o documento
depois que ele já tinha sido divulgado pela imprensa. Kakay criticou o
vazamento e, segundo ele, por coerência, como já pediu investigação criminal
sobre os vazamentos em todo o processo, ele não vai comentar o caso. A
assessoria do governo de Minas não se pronunciou. Na decisão, o STJ também
autorizou o interrogatório de Pimentel. A PF pediu o indiciamento do governador
no ano passado por entender que há elementos suficientes que apontam para o
envolvimento dele nos crimes investigados na operação acrônimo. Em janeiro deste ano, a
Procuradoria-Geral da República foi contra o pedido, alegando
que a Polícia Federal não tinha competência para um pedido desse tipo porque se
tratava de uma autoridade com foro privilegiado. Em maio de 2015, quando deu
início à Operação Acrônimo, a PF buscava a
origem de mais de R$ 110 mil encontrados em um avião no aeroporto de Brasília,
em outubro de 2014. A aeronave transportava Benedito de Oliveira Neto,
conhecido como Bené, dono de uma gráfica que prestou serviço para a campanha de
Pimentel ao governo mineiro e apontado pela PF como operador do governador no
esquema.
(G1)