Em palestra realizada em São Paulo, nesta terça-feira (29), o procurador
da República Roberto Galvão de Carvalho rebateu algumas críticas feitas à
operação Lava Jato. Para ele, as investigações da força-tarefa - realizadas
pela Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público Federal - não são
seletivas e que não faz sentido retroagir a governos anteriores, como o do
PSDB, por ter causado o que ele chamou de "famigerada prescrição" de
crimes". O procurador afirmou que investigar crimes praticados antes de
2003, ainda sob governo de Luiz Inácio da Silva, é "algo inócuo" e
"juridicamente inviável", já que só faria sentido investigar casos
antigos se fosse possível aplicar uma pena superior a oito anos por um só
crime. Segundo informações do UOL, Carvalho disse que penas inferiores não têm
sido aplicadas nem para crimes praticados mais recentemente. Ele também afirmou
que o foco da operação Lava Jato é a base governista, pois as investigações
revelam "um esquema de empresas e órgãos e da administração pública
federal beneficiando partidos que controlam a administração federal". "Não
faria sentido que [o esquema] fosse colocado à disposição da oposição para que
ela arrecadasse dinheiro para suas campanhas usando o governo federal. Não
estou dizendo que eles [os partidos de oposição] não fazem isso. Mas imagino
que se façam, fazem nos governos que controlam e não nos governos que são
controlados por outro partido", declarou. Ao ser questionado se a operação
teria como objetivo destruir o PT, Carvalho classificou essa ideia como
"teoria da conspiração".
30 março 2016
Reginaldo Monteiro
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